{FP} Kalona

Sedutor, usa a sua beleza para se aproveitar dos outros. É bastante perspicaz, inteligente e astuto, sendo dificilmente enganado. Não é maléfico, mas é bastante sarcástico e irónico. (Não) É assassino, tendo sempre alguém para fazer o trabalho sujo por ele, nunca sujando as suas próprias mãos. É manipulador, sabendo seduzir com facilidade. É possessivo e ciumento, assim como ambicioso, querendo ser o rei e o melhor. É genuíno e tem orgulho nele mesmo, não se escondendo por detrás de falinhas mansas, dizendo tudo o que tenha a dizer. É frontal, sincero e directo, não andando com rodeios. Para conquistar qualquer coisa, é capaz de usar qualquer método, não se importando dos meios para atingir os fins. É quase um bloco de gelo, não amando, não tendo carinho por ninguém, não sendo amigável.

Ainda me lembro cada porção de mim apesar daquele ser maravilhoso me ter aprisionado. Eu era o mais belo dos anjos que caminhavam pelo paraíso e tinha a sorte de ser um grande guerreiro de Nyx e ter caminhado ao seu lado até ao dia em que ela o preferiu e vez de mim. Jurei vingança e até vivo disso, mas com calma e perspicácia. Por isso, caí do paraíso e fui proibido de lá entrar. Grande coisa! Desde que caí, tornei-me cada vez mais poderoso e era mais adorado do que alguma vez seria debaixo daquela deusa. Quando surgi dentre um povo indígena, eles acolheram-me como um Deus visitante. Cantaram-me músicas e dançavam para mim e ,graças a estas adorações, as plantações prosperaram e as mulheres eram férteis e tudo reinava em plena felicidade e paz. Até um dia em que tudo mudou. Encontrei uma bela donzela, uma virgem, e retirei-lhe aquilo que a mantinha pura, acabando por me tornar obcecado por mais e mais. Não me tornei ninfomaníaco, já que um Deus como eu nunca teria uma imperfeição, mas aprendi a apreciar o bom da vida, mulheres. O que me enervou foi o facto dos guerreiros das tribos tentaram-me dominar, mas não conseguiram uma vez que despertaram a minha raiva. Por isso, decidi controlar a aldeia, governando os homens com o meu poder divino e contaminando as mulheres de lá, usando uma diferente todos os dias. Mas as suas lutas não ficaram por meros actos humanos, mas nada disso me afectava, uma vez que eu era uma criatura de magia e, para eles, de mito e apenas isso me derrotaria. Revoltadas, as sacerdotisas de várias tribos reuniram-se em segredo no único lugar onde eu não as podia escutar, numa caverna no fundo da terra. Detesto terra para que conste, tenho uma aversão enorme a este elemento, mas vivo do ar, sendo uma criatura dos céus. Voltando à história, aí usaram a magia para criar uma rapariga tão bonita, tão bela, tão atractiva e tão proibida que eu não fui capaz de lhe resistir. O seu aroma, a sua voz, o seu toque, tão suave e ao mesmo tempo tão doloroso. Denominaram-na A-Ya e colocaram-na onde eu a apreciaria na perfeição. Assim que o meu olhar cruzou com tal esbelto corpo, algum clique me fez sentir a necessidade de a possuir. Segui-a cegamente até ao meu fim, pois, assim que a abracei e penetrei, os seus braços e pernas me prenderam lá, debaixo da terra, num abraço eterno que mais tarde foi quebrado. Quando me selaram lá, os meus filhos, os corvos, cantaram que eu regressaria com juras de vingança e aqui estou eu. Pronto para dar a estes miseráveis o que eles merecem.