Cais

Rir. - Tudo bem, qualquer coisa me avisa, vou tratar de seguir a carta. 

Beijei-o levemente e de seguida sorri.
-Boa sorte com isso...

- Obrigada, e tu tenha um bom dia. - disse depois do beijo e lhe sorrir.

-Depois digo te algo. Adeus Heitor. - Dísse e mal chegamos de novo ao cais sai logo do barco, voltando para casa.

*ENCERRADO*

Dei um leve sorriso e me despedi dela Logo depois tomei um banho e sair dali.

Precisava de estar num sítio sossegado, precisava de ouvir com clareza os meus próprios pensamentos, sem que os barulhos de fundo me interrompessem constantemente o raciocínio.
Sentei-me no cais e saquei da minha caixinha mágica, o sítio onde eu guardava a erva. Calmamente, no escuro da noite, enrolei um charro e acendi-o, dando um bafo.

Já tocado, vi uma rapariga passar por mim, mal me notando e decidi que seria de boa educação apresentar-me e oferecer-lhe o pouco que tinha para partilhar. Era bem gira, ia tentar não fazer a aproximação parecer demasiado creepy. Ainda podíamos divertir-nos muito.
Dei mais um bafo, para ganhar coragem e expeli o fumo pelo nariz, enquanto pensava em algo inteligente para dizer.
- A aproveitar a noite quente para dar um passeio, hum? - Falei, quando apareci sorrateiramente atrás dela.

Depois de uma longa caminhada com Madeleine até ao cais lá chegamos e dirigi-me logo a uma das muitas stands de gelados que se encontrava ali. Era verão e não era de admirar que aquilo estivesse cheio.
-Que queres? - Perguntei-lhe logo.

Segui atrás dele até uma das multiplas barracas por ali espalhadas. Aquilo estava cheio de gente que convivia e comia, aproveitando o ar fresco do mar.
- Baunilha com cobertura de chocolate. - Disse ligeiramente distraída pela paisagem.

-São dois desses então. - Disse ao vendedor que fez os gelados sem demora alguma. Paguei no final e de seguida dei-lhe o seu gelado. - Queres-te ir sentar algures?

Peguei no meu gelado e lambi logo para provar. Delicioso e refrescante! - Para a próxima pago eu. - Disse. - Sim, gostaria.

-Pagas sobre o meu corpo morto. - Disse e fui sentar-me logo num dos bancos virados para o mar.

- Oh! Mas se tiveres assim, não te posso pagar nada. - Disse. - Anda lá, para retribuir o gesto.

Sorri.
- Oferecer-te-ei a minha companhia com todo o prazer.

-Ainda bem... vês isso é suficiente. - Disse comendo o gelado.